O governo do Piauí está — literalmente — “dando a maior bandeira”, como diz a boa e velha gíria popular. Em tempos de tantas investigações, operações e apurações sobre o uso do dinheiro público, gastar R$ 13 milhões em bandeiras do estado é, no mínimo, um contrassenso monumental diante da falta de saúde, educação, assistência social e outras políticas básicas que o povo tanto precisa.
Comemorar esse gasto, divulgar em redes sociais e exibir como um grande feito — como se as bandeiras fossem alimento para quem passa fome ou remédio para quem agoniza nos hospitais — é um escárnio com o contribuinte.
A não ser, claro, que essa compra milionária de bandeiras esconda uma mensagem subliminar: talvez o escolhido para ser vice-governador em 2026 seja o “Bandeira”. Se for isso, o autor dessa “brilhante” ideia de marketing deve ser o mesmo que vem aconselhando o governador Rafael Fonteles a ignorar os sinais de possíveis irregularidades que pipocam quase diariamente nas redes sociais — todas envolvendo o uso nada patriótico do dinheiro público.
É isso. O governo quis levantar a bandeira do Piauí... mas acabou levantando mesmo foi a bandeira do desperdício.
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