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3 de novembro de 2025

Leitoas divididos: Dinair votará em Erlânio Xavier e Luciano Leitoa em Juscelino Filho para deputado federal


O anúncio de que o grupo Leitoa — que já foi o maior e mais influente grupo político de Timon, tanto no poder quanto na oposição — seguirá dividido na disputa por vagas em 2026, acendeu o sinal de alerta no cenário político local. A ex-prefeita Dinair Veloso, pelo PDT, e o ex-prefeito Luciano Leitoa, seu sobrinho, que deve concorrer por outro partido, provavelmente o PSD, caminham agora em trilhas opostas.

A divisão não se restringe à corrida pela Assembleia Legislativa do Maranhão. O rompimento tem reflexos diretos também na disputa por apoios e votos para deputado federal, o que aumenta a temperatura dentro e fora do grupo.

Quando, tempos atrás, Luciano Leitoa afirmou que seria “ingrato quem do grupo não apoiasse Juscelino Filho” — atual deputado federal e ex-ministro das Comunicações —, talvez nem ele próprio imaginasse que o racha que agora protagoniza colocaria o grupo em lados antagônicos.


Nos bastidores, já está tudo definido. O ex-primeiro-damo Toinho Ferreira, marido de Dinair, teria cravado que ela e seu grupo pedetista marcharão com o candidato do partido à Câmara Federal, o ex-presidente da Famem Erlânio Xavier, nome apadrinhado pelo senador Weverton Rocha.

Com isso, os Leitoas entram numa nova disputa interna: não apenas pela cadeira na Assembleia, mas também por quem sairá mais fortalecido nas urnas federais. A pergunta que ecoa nos bastidores é direta e inevitável: quem será mais votado — o candidato de Dinair ou o de Luciano?

O racha, amplamente noticiado pela imprensa após declarações do próprio Luciano, provocou um verdadeiro furacão dentro do PDT. As falas do ex-prefeito soaram como um novo abandono à legenda, reacendendo feridas antigas e levantando a possibilidade de uma intervenção estadual no diretório municipal de Timon.

Há uma forte tendência de que o comando do partido seja definitivamente transferido para as mãos de Dinair Veloso, com o marido Toinho Ferreira despontando como favorito para presidir o diretório municipal — mesmo que, para isso, o PDT precise agir com pulso firme e intervir diretamente.

Na cúpula pedetista, o entendimento é claro: Dinair demonstra mais lealdade e capacidade política para conduzir o partido e manter seus filiados alinhados aos candidatos oficiais. Há o temor de que, se o partido permanecer sob influência dos “Leitoas dissidentes”, repita-se o episódio amargo da eleição em que, mesmo com Weverton Rocha como candidato, o grupo acabou votando em Simplício Araújo — uma traição que o senador até engoliu, mas jamais digeriu.

E é isso. O jogo está posto. Em Timon, a política dos Leitoas já não é mais de união, e sim de sobrevivência — e cada voto em 2026 dirá quem, de fato, ainda comanda o velho império carcomido pelo tempo.

 

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