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| Um post publicado por este blog em 2013 de como era a gestão de Luciano Leitoa logo nos primeiros dias de seu governo. |
A imagem de “bom moço” que o ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa, tenta sustentar nas redes sociais vem perdendo força diante de uma série de investigações e ações movidas por órgãos federais como a Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).
Nas redes, Leitoa costuma se apresentar como
exemplo de gestão responsável, alardeando moralidade e criticando gestões
alheias. No entanto, o contraste entre o discurso e sua trajetória
administrativa é gritante. Durante os oito
anos em que comandou a Prefeitura de Timon, seu nome foi citado em processos de improbidade administrativa,
irregularidades em obras públicas
e até em operações da Polícia Federal,
como a Operação Topique —
investigação que apurou o desvio de
recursos do Fundeb no Piauí e em municípios maranhenses, incluindo
Timon.
Enquanto a verba da Educação deveria garantir
transporte escolar digno, o que se via eram “paus de arara” sendo usados para levar crianças às escolas,
uma cena que traduz o descaso e a contradição de uma gestão que se dizia
moderna e eficiente.
Esse mesmo Luciano Leitoa, que hoje posa de
referência ética e de boa administração, carrega um histórico de obras inacabadas, processos administrativos e
denúncias graves. Logo no início de sua primeira gestão, em 2013, já
enfrentava questionamentos sobre a
execução da estrada do Castelo, um projeto cercado de irregularidades
e alvo denúncias, de investigação, de apuração e ação pela justiça do Maranhão.
Agora, o cerco se fecha novamente. O Ministério Público Federal ajuizou nova ação de
improbidade administrativa contra o ex-prefeito, por abandono de obras e omissão na prestação de
contas de recursos federais. A ação, protocolada na Vara Federal Cível e Criminal da Subseção
Judiciária de Caxias, busca sua responsabilização por atos que causaram prejuízo ao erário e violaram
princípios básicos da administração pública.
De acordo com o MPF, o caso envolve um convênio entre a Prefeitura de Timon e a Codevasf.
As obras previstas, segundo o órgão, foram
deixadas à deriva por Leitoa, que, ao assumir o cargo em 2013, teria
simplesmente interrompido a execução
física do projeto, que estava em 26%, abandonando-o completamente
durante seus dois mandatos consecutivos.
A tentativa de Leitoa de posar como paladino da moralidade pública esbarra, portanto, em uma realidade incômoda: um legado administrativo marcado por investigações, omissões e suspeitas de mau uso de recursos públicos. O tempo — e os tribunais — dirão até onde essa imagem de bom gestor resiste ao peso dos fatos.

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