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5 de junho de 2025

Existe algo de errado com a segurança pública em Timon?


Essa é a percepção clara dos cidadãos, especialmente daqueles que foram vítimas da crescente onda de assaltos, arrombamentos, arrastões e outros crimes que tiram o sono de empresários, lojistas e trabalhadores de diversos setores. Em Timon, qualquer estabelecimento onde se presume haver fluxo de dinheiro pode virar alvo: de grandes comércios até barbearias. A criminalidade, cada vez mais ousada, afeta tanto os negócios quanto a tranquilidade da população, que vive em constante temor.

Quando o assunto é segurança pública e responsabilidade política, a população cobra ações efetivas dos gestores. Em campanhas eleitorais passadas, chegou-se a dizer que, se não fosse o apoio da Prefeitura de Timon fornecendo combustível, as viaturas da Polícia Militar ficariam paradas, sem poder atender às ocorrências. Essa narrativa reforçava o contraste entre o governo municipal e o estadual, que à época não eram aliados políticos. Hoje, essa realidade mudou.

Agora aliado do governo do Estado, o prefeito Rafael Brito tem recebido apoio da gestão do governador Carlos Brandão e do secretário de Articulação Política, Orleans Brandão. Pelo menos, é isso que se anuncia em discursos públicos durante visitas oficiais à cidade ou em encontros na capital, São Luís.

Apesar disso, os cidadãos continuam a sentir na pele a insegurança. A percepção é de que os investimentos feitos não estão gerando os resultados esperados. E os números, por mais positivos que pareçam, não bastam para mudar essa sensação.

Timon conta hoje com figuras importantes na estrutura da segurança pública. O coronel Schnneyder, atual sub-secretário estadual de Segurança, é um nome respeitado e já foi comandante do 11º BPM, com reconhecida atuação. Tanto que ele disputou as eleições municipais e ficou como um dos candidatos mais votados.

No âmbito municipal, a secretária de Segurança Mariely Vilhena, que já atuou como delegada da Mulher, está à frente de projetos importantes, como o Compaz (Centro de Prevenção à Violência) e o sistema de videomonitoramento da cidade. São iniciativas com potencial, mas ainda em fase de implementação.

O prefeito Rafael, como deputado e agora gestor municipal, conseguiu trazer avanços: mais um comando da PM, reformas em delegacias, aquisição de viaturas e equipamentos, além de capacitação para policiais. Ainda assim, o sentimento de insegurança persiste.

Os dados comparativos com o ano passado mostram avanços significativos:

  • Prisões em flagrante aumentaram 22%
  • Homicídios caíram 56%
  • Tentativas de homicídio caíram 37%
  • Roubos de motos diminuíram 27%
  • Apreensões de armas cresceram (51 este ano contra 39 no mesmo período do ano anterior)
  • A Guarda Civil apreendeu 17 armas, contra 4 no mesmo período do ano passado
  • Foram enviados 33 novos agentes da Força Tática e quatro viaturas para reforçar a PM.

Apesar disso, como bem destacou o presidente da Câmara, Uilma Resende, em discurso no ontem, 04:

“Investir apenas em segurança pública, colocar mais policiais nas ruas, não resolve o problema. Segurança é um sistema complexo. Precisamos cobrar de todos os entes envolvidos. Não podemos admitir que alguém seja preso 14 vezes e continue voltando às ruas para cometer novos crimes. É preciso união de forças.”

O desafio da segurança pública em Timon exige mais do que números. Requer uma ação conjunta, contínua e estratégica, com participação ativa de todas as esferas de governo e da sociedade.

 

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