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27 de setembro de 2025

O declínio eleitoral dos Leitoas tem nome: Luciano Leitoa

 


A trajetória política do grupo Leitoa, marcada por ascensão e quedas sucessivas, vive hoje seu momento mais delicado. O que já foi considerado um dos blocos políticos mais influentes de Timon, atualmente amarga rejeição popular, desgaste de imagem e um visível esfacelamento de suas lideranças. O nome mais simbólico desse declínio é o do ex-prefeito Luciano Leitoa.

Ao se revisitar a história do grupo, percebe-se um padrão: o “poder pelo poder”, sustentado por práticas políticas questionáveis e gestões marcadas por escândalos. Não são raros os episódios que figuraram nas páginas policiais, com denúncias de desvios de recursos públicos, má administração e até supostos crimes atribuídos a aliados e gestores ligados ao clã.

Desde os anos 2000, passando pelas administrações seguintes, o que se viu foi a repetição de vícios administrativos. Exemplos não faltam: compra de carregamentos de bananas para a merenda escolar durante o período de férias — quando não havia alunos nas escolas — ou ainda a contratação de caminhões “paus de arara” para transportar estudantes, prática que ganhou repercussão nacional após a Operação Topique da Polícia Federal, considerada a maior investigação sobre desvios de recursos do Fundeb no Maranhão e no Piauí.

Esses episódios, somados à falta de renovação de práticas políticas, culminaram no esvaziamento eleitoral do grupo. A derrota fragorosa nas eleições de 2022, quando não conseguiram eleger sequer um representante para a Assembleia Legislativa, seguida pela perda definitiva do comando da Prefeitura de Timon em 2024, consolidou o atual quadro de decadência.

Se analisarmos a cronologia eleitoral, percebe-se que o auge ocorreu entre 2002 e 2010, quando o grupo obteve expressivas votações para deputado federal e estadual. No entanto, a partir de 2012, mesmo com a conquista da Prefeitura, o processo de desgaste foi se intensificando, até chegar ao quadro atual de quase irrelevância.

Talvez por isso, Luciano Leitoa se movimente com tanto empenho para tentar reconstruir sua base. Tem buscado apoio na ex-prefeita Dinair Veloso — considerada a integrante do grupo com menor rejeição popular — e também aproximações com o suplente de deputado federal Henrique Júnior, um dos novos atores do cenário político local. O objetivo seria tentar reposicionar o grupo como uma opção de terceira via em Timon.

Entretanto, quando Luciano cita o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, como possível aliado e candidato do grupo em 2026, ignora um fato importante: mesmo com a máquina municipal em suas mãos em 2022, foi derrotado em Timon pelo governador Carlos Brandão por mais de 10 mil votos de diferença. Se com todo o aparato do poder já não conseguiu mobilizar sua base, agora, fragmentado, o desafio parece ainda maior.

A aposta do ex-prefeito é tentar se colar a nomes com desempenho eleitoral superior ao dele, numa tentativa de mostrar à opinião pública — e a Braide — que ainda há vida no grupo Leitoa. Contudo, os sinais são claros: o outrora poderoso clã político vive hoje um quadro de UTI eleitoral, com baixas chances de recuperação
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