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22 de outubro de 2025

Rompimento dos Pereiras provoca abalo político em todas as esferas do governo Brandão


O anúncio do rompimento do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT) com o governo Carlos Brandão (PSB), do Maranhão, gerou um verdadeiro terremoto político nos bastidores do Palácio dos Leões e em diversas instâncias da administração estadual. A saída de cena de um dos principais articuladores políticos do grupo governista — o ex-secretário de Articulação Política, Rubens Pereira (pai do deputado) — traz implicações profundas para o equilíbrio de forças dentro do governo.

A permanência de Rubens Pereira no governo até o último dia 21 de outubro representava não apenas a força política dos Pereiras de Matões, mas também o controle direto sobre uma vasta rede de aliados e indicações em cargos estratégicos dentro do Executivo estadual. Agora, com o rompimento formalizado, servidores com vínculos políticos ao grupo precisarão tomar decisões: seguirão leais a Rubens Júnior e seu pai ou permanecerão ao lado do governador Carlos Brandão?

O cenário mais provável, conforme fontes nos bastidores, é de intensa disputa pelos espaços deixados vagos. Já nas primeiras horas após o anúncio, houve movimentações de lideranças regionais tentando ocupar a lacuna deixada pelo grupo, especialmente nas bases eleitorais dos Pereiras, no Leste Maranhense. O objetivo desses novos atores é consolidar apoio ao governador Brandão e, ao mesmo tempo, capitalizar politicamente sobre o vácuo de poder.

Figuras com capital político consolidado nas regiões de influência dos Pereiras já se movimentam para assumir protagonismo e reverter eventuais perdas em apoio ao governo, transformando a crise em oportunidade de fortalecimento para o grupo palaciano. O que se vê é uma tentativa de blindagem para que o desgaste causado pelo rompimento não atinja diretamente Brandão, principalmente em ano pré-eleitoral.

Nos bastidores, aliados de Rubens Júnior o veem como vítima de traição por parte do governo, enquanto o núcleo duro de Brandão articula uma narrativa oposta, buscando imputar ao deputado a pecha de traidor. A disputa de versões promete se intensificar nos próximos dias, alimentada por vazamentos seletivos, notas plantadas e movimentações nas redes sociais.

Com mais de 12 anos de presença ativa no governo do Maranhão, os Pereiras acumularam influência, alianças e cargos de confiança. Sua retirada do governo, portanto, não é apenas um ato político isolado, mas um processo que desencadeia uma reconfiguração significativa dentro da base aliada.

Nos corredores do poder, já se comenta sobre a intensa disputa pelos cargos antes ocupados ou indicados pelo grupo, especialmente nos setores de articulação política e administração regional. A dúvida central é: quem herdará esse espólio político?

O impacto eleitoral desse rompimento será medido nos próximos meses, à medida que os novos ocupantes desses espaços consigam — ou não — transformar os cargos em votos e apoio sólido ao projeto de reeleição dos candidatos aliados ao Palácio dos Leões.

 

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