Socorro Waquim não é incógnita, tampouco aventura política. Tratá-la como figura secundária ou descartável no atual cenário político de Timon é desconhecer — ou fingir desconhecer — a história política recente do município e do Maranhão. O povo de Timon, o eleitor maranhense e todos aqueles que acompanham sua trajetória sabem exatamente quem ela é, o que representa e o peso político que carrega. Sua decisão, em 2024, de aliar-se ao atual prefeito foi fundamental para sua eleição.
Desde o
início de sua caminhada pública, quando deixou o cargo de secretária municipal
de Educação para, ao lado do professor Sétimo — estrategista político de
reconhecida habilidade — ingressar de vez na vida partidária, Socorro Waquim
construiu uma trajetória marcada por coragem, enfrentamentos e resultados. Aos
70 anos de vida, sendo mais da metade deles dedicados à política, não demonstra
cansaço nem acomodação. Pelo contrário: como ela própria costuma dizer, “ainda
há muita lenha para queimar”.
Sua
trajetória de mais de três décadas revela uma liderança que sabe avançar quando
necessário e recuar quando a conjuntura exige, sem jamais abandonar seus
objetivos. Como uma águia, voa alto nos momentos de ofensiva política e
recolhe-se estrategicamente quando é preciso reorganizar forças — mas nunca
desiste.
Foi assim
quando conquistou seu primeiro mandato de deputada estadual, em 2002, e,
sobretudo, quando alcançou o ponto mais alto de sua carreira ao se eleger
prefeita de Timon por dois mandatos consecutivos, em 2004 e 2008. Nessas
eleições, derrotou, em sequência, pai e filho da tradicional família Leitoa,
enfrentando um dos grupos políticos mais fortes e estruturados da história do
município — algo que ninguém conseguiu.
Também
demonstrou desprendimento político em 2016, ao ceder seu grupo ao então
candidato Alexandre Almeida, indicando seu filho, Ulysses Waquim, como
vice-prefeito. A derrota nas urnas não a afastou da política nem a diminuiu.
Pelo contrário: no mesmo ano, elegeu-se a vereadora mais votada de Timon,
reafirmando sua força eleitoral e seu vínculo direto com o povo.
Em 2021,
voltou à Assembleia Legislativa ao assumir a vaga deixada por Rigo Teles,
eleito prefeito de Barra do Corda. Em 2022, disputou novamente a reeleição para
deputada estadual e, mesmo obtendo expressivos 24.580 votos, não logrou êxito,
em razão das distorções do sistema eleitoral. Mais uma vez, recuou sem
desistir.
Em 2024, aceitou o desafio de compor a chapa majoritária como vice-prefeita de Timon, tendo como candidato a prefeito o então deputado Rafael Brito. Fez sua parte. Trabalhou, agregou, dialogou e ajudou decisivamente na vitória eleitoral.
Hoje,
Socorro Waquim se coloca como pré-candidata a deputada estadual, trabalhando
com a mesma disposição de sempre, mantendo presença constante na cidade e
reafirmando sua marca política: compromisso, lealdade, coragem e disposição
para o enfrentamento. É apontada como favorita para ser a mais votada de Timon,
mas não se deixa embriagar por projeções. Continua fazendo política com os pés
no chão e os olhos no futuro.
O que não
pode passar despercebido — e aqui é preciso “colocar os pingos nos is” — é que,
embora tenha sido companheira leal e aliada firme do prefeito Rafael Brito,
a reciprocidade política ainda não se manifesta na mesma intensidade. Socorro
Waquim tem cumprido rigorosamente seu papel institucional e político. A
população percebe isso. E, da mesma forma, aguarda que os compromissos
assumidos sejam efetivamente honrados.
Lealdade
política não pode ser mão única. Reconhecimento não é favor; é consequência. E
respeito à trajetória não é concessão, é obrigação.
Se for
para o bem de Timon e do Maranhão, Socorro Waquim sempre estará disposta a
contribuir. Sua história comprova isso. Mas a política exige clareza,
compromisso e coerência — sobretudo de quem ocupa o comando.
Essa é a
lição que a trajetória de Socorro Waquim ensina. E essa é a reflexão que o
momento político impõe.
É isso!


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